O Evangelho conta que Jesus amaldiçoou uma figueira, que dias depois secou até a raiz. Por qual razão o homem tido como a personificação do amor teria feito isso? Que mecanismo utilizou? Você acredita em feitiçaria? – eis a pergunta comum. Mas será a pergunta certa? Pai João de Aruanda, pai-velho, ex-escravo e líder de terreiro, desvenda os mistérios da feitiçaria e da magia negra, do ponto de vista espírita. Fala das diferenças entre ambas, que são manifestações de um princípio encerrado nas palavras com que Jesus explica seu feito: “Se tiverdes fé e não duvidardes, não só fareis o que foi feito à figueira, mas até se a este monte disserdes: ‘Ergue-te e precipita-te no mar’, assim será feito”..
Faça as pazes com as próprias emoções.
Com essa proposta ao mesmo tempo tão singela e tão abrangente, Zarthú convida à quietude. Não a quietude filha da inércia, mas, pelo contrário, aquela que é irmã da paz advinda do bom combate. Lutar com os fantasmas da alma não é tarefa simples. Geralmente invisíveis ou bem camuflados, eles se escondem, sorrateiros, para evitar o despejo. Mas as armas a que o autor nos orienta a recorrer são eficazes: raciocínio e inteligência, coragem e perseverança, perdão e autoamor, pois é preciso tratar-se bem, a fim de não tornar a jornada um calvário. Se não há como fugir da luta, que tal fazer as pazes com ela e, serenamente, ser capaz de aquietar-se por um instante?..